Estudos do ISCA https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca <p>A Revista Estudos do ISCA (V Série) é uma publicação institucional alojada na plataforma de revistas em open-access da Universidade de Aveiro.</p> <p>A caraterística institucional liga a sua evolução ao contexto envolvente. A I Série, em papel, intitulada Estudos do ISCAA (n.º1/1981 e n.º2/3/1983) traz a marca do “vigor qualitativo” da ainda muito jovem instituição; a II Série (n.º1/1995, n.º 2/1996, n.º3 e 4/1998, n.º5/1999, n.º 6/7 de 2000/2001) abre as portas ao ensaio, on line, da III Série (n.º 1/2/3/2007). A IV Série da Revista Estudos do ISCA arranca, em 2010, com o vigor de uma publicação alojada na PROA-UA que, enquanto em formato eletrónico, se abre a toda a comunidade, assumindo as boas práticas de divulgação científica, incitando à investigação transdisciplinar e à renovação das estratégias pedagógicas e de investigação.</p> <p>Na atual V Série, com início em 2022, a revista assume um âmbito diferente, apresentando-se como um meio de difusão à comunidade académica e à sociedade envolvente dos projetos científicos desenvolvidos na instituição, bem como de eventos organizados e realizados na Escola, sejam eles de caráter científico, pedagógico ou de ligação à comunidade.</p> Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro pt-PT Estudos do ISCA 0873-2019 Editorial https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2017 <p>O nº18 da série IV da Revista Estudos divulga várias temáticas que, centradas na investigação em Contabilidade e no seu referencial normativo, na investigação em Gestão e em Finanças empresariais, denotam a natureza multidisciplinar dos vários estudos científicos e pedagógicos ao serviço do conhecimento em geral e das instituições e sua inserção no meio, em particular, num contexto de profundas mudanças normativas, económicas e financeiras. (...)</p> Virgínia Maria Granate Costa e Sousa ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2017 Os subsídios ao investimento como transações sem contraprestação nas aquisições de ativos fixos tangíveis nos Institutos Politécnicos Portugueses https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2029 <p>O presente artigo tem como objetivos evidenciar a importância dos ativos fixos tangíveis (AFT) nas instituições de ensino superior (IES) politécnicas portuguesas e, por outro lado, analisar as alterações decorrentes da introdução do novo referencial contabilístico do Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP), ao nível do financiamento por subsídios como transações sem contraprestação para a aquisição desses ativos.<br>Optou-se pela metodologia qualitativa, suportada por estudo de casos múltiplos, tendo sido analisadas as contas anuais das IES politécnicas no período entre 2010 e 2015. A iminente adoção do SNC-AP levou à análise das implicações contabilísticas pela alteração do tratamento relativo aos subsídios ao investimento como transações sem contraprestação para o financiamento de AFT, em relação ao POC-Educação.<br>Com o estudo concluímos que as imobilizações corpóreas assumem grande importância na estrutura financeira das IES politécnicas, que os subsídios ao investimento têm um elevado peso no total das imobilizações corpóreas e que, por isso, os subsídios ao investimento ainda não reconhecidos como rendimentos na estrutura financeira têm um impacto negativo na posição financeira das IES politécnicas; comprova-se, também, o impacto positivo da adoção do SNC-AP na estrutura do balanço das IES, decorrente da alteração na contabilização dos subsídios ao investimento (POC-Educação) como transações sem contraprestação sem condições (SNC-AP).</p> Hugo Lima Santos Sérgio Ravara Cruz ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2029 Impacto da gestão de curto prazo na rendibilidade das empresas portuguesas da indústria da construção https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2032 <p>O objetivo deste estudo é analisar os efeitos da gestão do fundo de maneio na rendibilidade das empresas portuguesas do setor da construção. Para esse efeito, foram recolhidos dados longitudinais da base de dados SABI entre 2008 e 2016. As hipóteses de investigação são testadas com recurso a metodologias de dados em painel. Os nossos resultados demonstram evidência de uma relação linear negativa entre a rendibilidade e o indicador de gestão de fundo de maneio, o que é consistente com vários estudos anteriores. Também se verifica que uma redução do prazo médio de inventários em armazém e um aumento do prazo médio de pagamentos conduz a um aumento na rendibilidade das empresas do setor da construção. No entanto, e ao contrário da investigação anterior, encontramos evidências de uma relação convexa entre a rendibilidade e a gestão do fundo de maneio.<br>Adicionalmente, analisamos as diferenças nas políticas de gestão do fundo de maneio durante a mais recente crise financeira relativamente ao período pós-crise. Neste contexto, as empresas devem ajustar as políticas de fundo de maneio em função do ciclo económico.</p> Juliana Silva Sónia Silva ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2032 A relação entre a estrutura de capital e a política de dividendos: evidência nas empresas da Euronext Lisbon https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2035 <p>Tanto a estrutura de capital como a política de dividendos têm sido alvo de estudo intensivo, porém, sem resultados consensuais. A maioria dos estudos assume uma relação exógena entre a estrutura de capital e as respetivas variáveis explicativas, verificando-se o mesmo na política de dividendos. Recentemente, questionou-se a hipótese da relação entre a estrutura de capital e a política de dividendos ser endógena, implicando que decisões relativamente à estrutura de capital influenciem a política de dividendos e vice-versa. Neste contexto, este trabalho pretende analisar a relação entre a estrutura de capital e a política de dividendos, tendo por base uma amostra de empresas Portuguesas, e aplicando dados em painel. Tanto quanto se sabe, este estudo é o primeiro a realizar esta análise tendo por base uma amostra de empresas portuguesas. Os resultados não permitiram encontrar evidência de uma relação significativa entre a estrutura de capital e a política de dividendos das empresas da Euronext Lisbon. Contudo, foi possível concluir que a pecking order é teoria mais adequada na explicação da estrutura de capital. Adicionalmente, não foi corroborada a hipótese da irrelevância dos dividendos.</p> Luís Cunha Anabela Rocha Elisabete S. Vieira ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2035 Investigação sobre conservadorismo: uma análise bibliométrica https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2038 <p>O conservadorismo é definido de duas formas, ou seja, condicional e incondicional. O condicional decorre do registo assimétrico das “boas notícias” e das “más notícias” nos resultados e o incondicional decorre da discricionariedade existente nas próprias normas.<br>Neste contexto, o principal objetivo deste estudo consiste em descrever e analisar o processo de investigação contabilística do conservadorismo, de 2008 a 2018, baseado numa abordagem de análise do conteúdo. A realização de um estudo nesta área revela-se essencial para complementar o saber.<br>Os resultados obtidos no estudo confirmam a presença de uma carência na investigação contabilística relativamente ao conservadorismo, apesar de, nos últimos anos, se ter provado um avanço progressivo e um forte interesse. Contudo, verifica-se um maior interesse na investigação sobre o conservadorismo condicional e um baixo número de medidas propostas sobre o conservadorismo incondicional. No entanto, esta temática ainda representa uma área a ser explorada na literatura contabilística.</p> Vilma Maia Graça Azevedo Jonas Oliveira ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2038 Manipulação dos resultados nas perdas por imparidade em contas a receber: estudo das empresas com valores cotados em Portugal https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2041 <p>A informação financeira assume um papel de relevo na tomada de decisão por parte dos gestores e demais <em>stakeholders </em>de qualquer empresa. Assim, garantir a qualidade das demonstrações financeiras deve constituir um importante objetivo de uma organização. Porém, são inúmeros os incentivos que conduzem à manipulação dos resultados, o que leva à distorção da informação contabilística. Um dos meios de manipular os resultados, através de um <em>accrual </em>específico, é no reconhecimento de perdas por imparidade em contas a receber.</p> <p>O presente estudo tem como objetivo analisar se existe manipulação dos resultados no reconhecimento das perdas por imparidade em contas a receber, por parte das empresas com valores cotados em Portugal, no período de 2010 a 2017, assim como identificar os determinantes do reconhecimento daquelas perdas.</p> <p>A metodologia utilizada é de natureza quantitativa, construindo modelos de regressão para analisar, por um lado, os determinantes no reconhecimento das perdas por imparidade em contas a receber e, por outro lado, a existência de práticas de manipulação dos resultados. A recolha de dados foi efetuada através da base de dados SABI, complementada com a análise de conteúdo dos relatórios e contas disponíveis na CMVM.</p> <p>Concluímos que o volume de negócios, a variação das contas a receber, o endividamento, a dimensão e o tipo de auditor são determinantes do reconhecimento das perdas por imparidade em contas a receber. Concluímos, ainda, que as empresas com valores cotados parecem manipular os resultados através das perdas por imparidade em contas a receber, mais concretamente através de <em>income smoothing </em>(alisamento dos resultados), especialmente no período pós crise, e via <em>big bath </em>durante o período de crise.</p> <p>O nosso estudo contribui para a evidência de que as IAS/IFRS, não obstante serem reconhecidas como normas de elevada qualidade, são permissíveis à manipulação dos resultados, dada a discricionariedade e flexibilidade que lhes está associada.</p> Beatriz Correia de Vasconcelos ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2041 A utilização e o impacto das ferramentas tecnológicas no suporte à auditoria: a perspetiva dos revisores oficiais de contas https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2044 <p>Os auditores, com o objetivo de aumentarem a eficácia e a eficiência dos procedimentos de auditoria e, consequentemente, o seu desempenho, tiveram necessidade de adotar determinadas ferramentas tecnológicas de suporte à auditoria. Assim, conseguem acompanhar o volume, a variedade e a complexidade dos dados a auditar, e a respetiva velocidade com que são produzidos, resultado da desmaterialização dos processos e da transformação digital com que as empresas atuais se deparam. O principal objetivo desta dissertação é evidenciar as alterações dos procedimentos de auditoria provocadas pela introdução das ferramentas tecnológicas de suporte à Auditoria, nomeadamente na eficácia e na eficiência dos procedimentos. Além disso, o trabalho pretende, também compreender as tarefas em que estas ferramentas são utilizadas, identificando as vantagens da sua adoção e explorando o seu atual uso pelos auditores. Com o intuito de responder a estes objetivos foi realizado um inquérito por questionário aos Revisores Oficiais de Contas (ROC) de Portugal. As principais conclusões demonstram que existe uma grande variedade de ferramentas tecnológicas utilizadas pelos ROC em Portugal, sendo a mais utilizada o Microsoft Excel. Esta ferramenta facilita o trabalho de análise e a preparação dos procedimentos de auditoria. Conclui-se também que os ROC estão genericamente satisfeitos quanto ao contributo da utilização destas ferramentas na eficácia e na eficiência dos procedimentos de auditoria, sendo que isso é mais sentido nos procedimentos “Identificação e Avaliação do Risco””, “Papéis de trabalho em auditoria” e “Análise de Dados”. Os ROC consideram também que as ferramentas que usam estão preparadas para acompanhar as novas tendências e desafios impostos à Auditoria.</p> Bruno Filipe Afonso Amaral ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2044 Motivos e impedimentos para a compra de veículos verdes e a influência da Responsabilidade Social das Empresas https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2053 <p>Nas últimas décadas a preocupação ambiental tem sido crescente. Uma das medidas que está a ser implementada é a limitação de circulação de veículos com maiores emissões de gazes, nos centros das cidades, e, em simultâneo, a sensibilização para a aquisição de veículos verdes (elétricos, híbridos e plug-ins) como forma de diminuir a pegada ecológica.</p> <p>A presente dissertação estuda o comportamento do consumidor Português na decisão de compra de veículos verdes, focando-se em particular na compreensão dos diversos motivos e impedimentos para a compra de veículos verdes e na perceção da influência da responsabilidade social das empresas. Foi elaborado um estudo qualitativo, utilizando 5 grupos de discussão, realizados entre maio e outubro de 2018. Nestes grupos de discussão participaram 24 adultos portugueses com idades compreendidas entre 24 e os 67 anos. Os resultados evidenciam que a componente económico-financeira e as características técnicas e funcionais dos veículos verdes são variáveis relevantes na tomada de decisão do consumidor, na aquisição de veículos verdes. Os benefícios ambientais e a compatibilidade dos mesmo com as suas crenças/valores são fatores que tendem a ganhar importância, na tomada de decisão, do consumidor, à medida que a nova geração adquirir poder de compra. As normas e a pressão social bem como as atividades de CSR desenvolvidas pelas empresas, nomeadamente pelas produtoras e vendedoras de veículos verdes não influenciam o comportamento do consumidor, na aquisição de um veículo verde, mas o consumidor manifesta o desejo em se identificar com um grupo de referência, nomeadamente família e amigos. O consumidor que aprecia as novas tecnologias não é mais propenso a comprar um veículo verde dado o preço dos mesmos. Por fim sugerem-se medidas a adoptar para promover o consumo deste tipo de veículos, com menor impacto ambiental.</p> Catarina Alexandra de Almeida e Silva Diz ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2053 A relação entre a estrutura de capital e a política de dividendos: evidência nas empresas da Euronext Lisbon https://proa.ua.pt/index.php/estudosdoisca/article/view/2056 <p>Tanto a estrutura de capital como a política de dividendos têm sido alvo de estudo intensivo, porém, sem grandes conclusões. Vários são os estudos que assumem a relação exógena entre a estrutura de capital e as respetivas variáveis explicativas, verificando-se o mesmo na vertente da política de dividendos. Recentemente, questionou-se a hipótese em que a relação entre a estrutura de capital e a política de dividendos seja endógena, implicando que decisões relativamente à estrutura de capital influenciam a política de dividendos e vice-versa.</p> <p>O principal objetivo deste trabalho é encontrar evidência que confirme uma eventual relação entre a estrutura de capital e a política de dividendos. Consequentemente, foi construído um modelo econométrico que, com base em duas metodologias diferentes, permitirá confirmar, ou não, o objetivo acima proposto, como também perceber quais são os fatores determinantes da estrutura de capital e da política de dividendos.</p> <p>Este estudo, tanto quanto se sabe, é o primeiro a realizar esta análise entre as duas temáticas, tendo por base o contexto económico e empresarial de Portugal. Nesse sentido, não foi encontrada evidência que permita confirmar a existência entre a estrutura de capital e a política de dividendos das empresas da <em>Euronext Lisbon</em>. Contudo, encontrou-se evidência que permite concluir que a teoria da <em>pecking order</em> é a mais adequada na explicação da estrutura de capitais e foi encontrada evidência da não aceitação da hipótese da irrelevância dos dividendos.</p> Luís Paulo Morais Cunha ##submission.copyrightStatement## https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2019-04-16 2019-04-16 18 10.34624/ei.v0i18.2056